Fiquei apavorado', diz homem agredido em van por cobrador no Rio
Marcelo Barbosa tem deficiência mental e afirma que ainda sente dores. Vizinhas da vítima pedem que o agressor seja punido.
14/07/2015 12h34 - Atualizado em 14/07/2015 17h05
O passageiro agredido pelo cobrador de uma van na Zona Oeste do Rio afirma que ainda sente algumas dores pelo corpo. “Dói na lateral dos ombros, no quadril e um pouco na coluna”, diz Marcelo Barbosa, que tem deficiência mental. Ele conta que a agressão, que aconteceu na manhã de segunda-feira (13), o deixou assustado. “Eu fiquei apavorado.”
Marcelo apanhou porque não tinha dinheiro para pagar a passagem. “Eu estava sem o dinheiro. Não poderia chegar lá.”
As vizinhas de Marcelo estão indignadas e pedem que o agressor seja preso. “Eu fiquei muito estressada. É notório que ele não tem condições mentais de se esclarecer. Ele não tem condições de responder por ele mesmo. E o agressor bateu sabendo que ele não tinha condições de se defender. Eu espero que ele seja punido por agressão, tortura e lesão corporal. E quem filmou também, porque foi omisso, já que permitiu que um deficiente fosse espancado e não fez nada”, afirma a estudante Paula Werneck.
Parentes prestam depoimento
Parentes do cobrador e do motorista da van onde o homem foi agredido foram ouvidos por policiais da 36ª DP (Santa Cruz) na manhã desta terça-feira (14). Eles foram levados à delegacia por agentes do 27° BPM (Santa Cruz).
Parentes do cobrador e do motorista da van onde o homem foi agredido foram ouvidos por policiais da 36ª DP (Santa Cruz) na manhã desta terça-feira (14). Eles foram levados à delegacia por agentes do 27° BPM (Santa Cruz).
Dói na lateral dos ombros, no quadril e um pouco na coluna. [...] Eu fiquei apavorado"
Marcelo Barbosa, vítima de agressão em van
Os pais do cobrador e do motorista alegaram não saber onde estão seus filhos, segundo o advogado Alisson Marcelo, que acompanhou o depoimento. O defensor disse que, provavelmente, vai representar os familiares no inquérito que já teria sido instaurado. "Eles (motorista e cobrador) são maiores, já têm responsabilidade e autonomia, não moram com os pais. Então, não tiveram contato com os familiares", afirma.
